Afinal, o que tenho?

Andei pensando se nós realmente somos vivos. Vivos não de carne, mas de alma. Se fazemos realmente o que queremos ou se sentimos os sentimentos que nos dão vida, se colocamos os mesmos em nosso dia a dia ou afogamo-os em diversas frustações, dores e lagrimas.
Será que são apenas sentimentos passageiros e insignificantes ou será que são uma vida? São passageiros ou ficarão para a eternidade?
Perguntas e perguntas. Respostas? Não as tenho. Porém tenho força, lapis, vida, mar, saúde, sonhos, beijos, amores, lagrimas, dores, alegrias, sorrissos, amigos olhos, familia, lembranças, passado, presente, céu, papéis, margaridas, rosas, dedos, erros, cds, livros, chocolate, cama, enfim, tenho vida. Então tenho tudo que preciso para descobrir o melhor lado da vida, o lado em que tudo é vida, cores, cheiros, sentindos, nada é insignificante, é um lado surreal, bem diferente deste mundo tolo e covarde que temos nas mãos.
E no final, se este caminho de arco iris existir, caminharei olhando para os meus sonhos, e apenas para os sonhos, sem pedaços de rosas murchas.

Raquel Rabelo